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domingo, 22 de março de 2015

Aipo e Suas Propriedades Terapêuticas



INDICAÇÕES:
Indicada para o tratamento da asma úmida, gonorréia, retenção de urina, catarro pulmonar, nefrite, colite, disenteria, bronquite asmática, laringite, bronquite, úlceras de difícil cicatrização, contusões, ferimentos, hepatite, afecções febris, gota e litíase vesicular. A raiz é indicada para cálculos do fígado e icterícia.

Raiz e semente: estomáquica, aperitiva, vulnerária, diurética e anti-hidrópica. Folha: resolutiva e peitoral, depurativa, expectorante, febrífuga, antiinflamatória, tônica, antiartrítica, anti-reumática, carminativa, emenagoga (salada), excitante,  antiescorbútica, alcalinizante, antitérmica, antiasmática  e antianêmica.


FORMAS DE USO:
Infusão: 1 colher das de sopa de raízes ou folhas verdes/litro d'água. Tomar 3 xícaras ao dia (257).
Infuso ou decôcto:
2,5%, 50 a 200 ml/dia.
30g de folhas em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia   (disenteria, colites e  anemias). Para a bronquite asmática, adoçar com mel e tomar diariamente pela manhã, em jejum .
25g de raiz ou sementes para 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia (laringite e bronquite)
Suco das folhas: 1 xícara ao dia, dividida em 3 a 4 vezes (nefrite, hepatite, afecções febris).
Pó: raízes secas e moídas polvilhadas 2 vezes ao dia sobre úlceras rebeldes.
Cataplasma: aplicar 2 vezes ao dia a folha sobre a região afetada (ferimentos e contusões).
Extrato fluido: 1 a 5ml/dia.
Tintura: 5 a 25ml/dia.
Elixir, vinho ou xarope: 20 a 100 ml/dia.

Atenção:
Não deve ser utilizada por pessoas portadoras de inflamações renais e diabéticos, sob a forma de saladas.







NOME CIENTÍFICO: Apium australe Thou. e Apium graveolens L.
FAMÍLIA BOTÂNICA: Apiaceae.
NOMES POPULARES: Aipo-d'água, aipo-doce, aipo-do-rio-grande, aipo-dos-pântanos, ápio, celeri, salsão.

Espécie autóctone, crescendo espontaneamente do Rio de Janeiro até a Argentina. Na Europa é encontrado até 100 m de altitude, ocorrendo em áreas úmidas. É normalmente cultivado em hortas.
Planta herbácea, anual ou bianual, ereta, perfumada, de caule ereto, estriado, oco, ramificado, cilíndrico, glabro e fistuloso, atingindo 60 cm de altura. As folhas são luzidias, verde-escuras, decompostas, pinatífidas, as basais longo pecioladas, com cinco folíolos ovais e as superiores sésseis, com três folíolos menores e mais estreitos. As flores, brancas, pequenas  e numerosas, estão dispostas em umbelas compostas, sésseis ou curtamente pedunculadas, que reúne 6 a 12 raios desiguais. O fruto é um esquizocarpo subgloboso, curvo, castanho-esverdeado, glabro, suborbicular.
É uma espécie de clima subtropical. Desenvolve-se bem à temperatura de 20 a 25°C, não tolerando geadas e temperaturas acima de 30°C. Altas temperaturas resultam em abortamento de flores e, quando associadas à pluviosidade excessiva, favorecem à ocorrência de doenças.
Na Europa é encontrado em solos alagados e salgados. Prefere solos arenosos ou areno-siltosos, ricos em matéria orgânica e bem drenados. Solos pesados e com drenagem deficiente dificultam as trocas gasosas ao nível de raiz, afetando o metabolismo radicial e predispondo a planta às doenças. Prefere solos de reação neutra.





AGROLOGIA:
Espaçamento: 0,6 x 0,3 m.
Propagação: sementes. A semeadura pode ser feita em bandejas de isopor com substrato organo-mineral. A germinação ocorre entre 8 e 12 dias .
Tratamento de sementes: para evitar-se a transmissão de doenças, sobretudo a septoriose, as sementes devem ser tratadas termicamente em água aquecida a 50°C, durante 20 a 30 mintas.
Plantio: março. Em regiões de clima ameno, a semeadura pode ser feita durante todo o ano. É feito quando a muda apresenta 6 a 7 folhas definitivas, ou 50 a 60 dias após a semeadura.
Adubação: aplicar 4 a 5 kg/m2 de composto orgânico ou estrume animal bem curtido. Adubar, 30 a 40 dias após o plantio, com 10 g/m2 de nitrato de cálcio, repetindo-se a cada 2 meses.
Irrigação: a planta deve ser irrigada diariamente, enquanto muda. Após o transplante, irrigar nos primeiros 10 dias e durante os períodos de estiagem.
Doenças: a planta é sensível ao excesso de umidade no solo e no ar, resultando em doenças que afetam as folhas, o florescimento e a frutificação, entre elas, a Septoria apii, cujas sintomas foliares são manchas circulares oleosas e depois castanhas, que causam o secamento das folhas. Podem também ocorrer a Phoma apiicola, que causa podridão da raiz, Cercospora apii, que infecta as folhas, Bacterium carotovorum, que origina podridões, e algumas viroses.  
Colheita: ocorre 5 a 6 meses após a emergência, quando se deseja as folhas e/ou as raízes, ou no segundo ano, se for a sementes. 
Rendimento: até 800 kg/ha de sementes.

As partes a serem utilizadas são as raízes, preferencialmente frescas, folhas e sementes.
A composição da espécie semelhante, Apium graveolens, revela a presença de óleo essencial contendo apiosídeo, limoneno, selineno, eudesmol, sedanolídeo, anidrido sedanólico; açúcares, manitol, pentosanas, ácidos glicérico, glicólico, málico, tartárico, fumárico, cumárico, caféico, ferúlico, químico, xiquímico; flavonóides (apiína), cumarinas (sesilina, isopimpenelina e appigravina), guaiacol, fenol cristalizado, sesquiterpenos, ácido palmítico e óleo resina. As sementes produzem cerca de 2% de óleo essencial leve.


OUTRAS PROPRIEDADES:
As sementes um forte aroma, persistente e picante. 
O pecíolo carnoso e as raízes carnosas são  comestíveis, sendo utilizados em saladas. 
As folhas desidratadas e pulverizadas, constituem-se em excelente condimento.
O consumo regular da planta reduz a eliminação de potássio do organismo humano, sendo indicada principalmente para atletas.
O óleo essencial é amarelo-claro, usado para aromatizar alimentos, doces, licores, perfumes e sabonetes.


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