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sábado, 25 de junho de 2016

Picão-preto na Medicina Caseira




O Bidens pilosa L. pertencente a família botânica Asteraceae, embora muito conhecido por Picão preto, possui vários outros nomes populares diferentes, variando conforme a região do país, entre eles estão: Carrapicho, Carrapicho-agulha, Carrapicho-cuambu, Carrapicho-de-agulha, Carrapicho-de-duas-pontas, Carrapicho-picão, Coambi, Cuambri, Cuambú, Erva-de-picão, Erva-picão, Erva-pilão, Fura-capa, Furacapa, Goambú, Macela-do-campo, Paconca, Picão, Picacho, Picacho-negro, Picão-do-campo, Picão-preto, Pico-pico e Piolho-de-padre.
O Picão preto é uma espécie autóctone da América tropical, cosmopolita, que ocorre espontaneamente a beira de estradas, áreas ruderais e em áreas agrícolas como planta infestante de lavouras. É uma planta herbácea, anual, ereta, glabra ou algo pubescente, de ramos dicotômicos, com 30 a 80cm de altura. Caule quadrangular, liso, com ramificação dística. Folhas opostas, as superiores alternas, pecioladas, 3-divididas, com segmentos ovais a lanceolados, com 2 a 7cm de comprimento, serrados, agudos ou acuminados, as superiores nem sempre divididas. Capítulos de flores tubulares e radiadas, amarelas. Invólucro campanulado com flores do disco perfeitas, perfeitas, com corola tubular, 5-dentadas. Aquênios planos, colunar-fusiformes, pretos, desiguais, os interiores mais compridos que o invólucro, o ápice é coroado por 2 a 4 saliências que permitem a aderência do fruto às roupas e pêlos.
Prefere os areno-argilosos, férteis, úmidos e revolvidos. O Picão preto desenvolve-se bem em climas quentes e frios, mas ocorre espontaneamente principalmente na primavera e verão.
É hipoglicemiante drástica, depurativa, hemostática, expectorante, antiartrítica, diurética, cicatrizante, antisséptica, anti-hemorroidária, antipirética, antiinflamatória, antiemética, tranquilizante, emenagoga, catártica, tônica do sangue, antidiarréica (as flores), vulnerária, vermífuga, antibiótica, anti-reumática, desobstruente do fígado, antidisentérica, sialogoga, odontálgica (a raiz), estimulante, antiescorbútica, amarga, mucilaginosa, antileucorréica e hepatoprotetora.

Cultivo:
Espaçamento : 0,3 x 0,3m.
Propagação: sementes, que são fotoblásticas positivas. São semeadas diretamente a campo. Não devem ser enterradas além de 1cm de profundidade.
Plantio: outono.
Florescimento: primavera, verão e outono.
Colheita: inverno.
Produção de sementes: cada planta produz de 3.000 a 6.000 sementes, todas prontamente viáveis após a maturação. Isto permite 3 a 4 gerações por ano.







Indicações do Picão preto na medicina caseira:
As folhas trituradas são utilizadas como cataplasmas sobre feridas e tumores, a infusão da planta abranda cólicas, as sementes tostadas são colocadas sobre cortes, o decocto das folhas é útil contra infecções do estômago e rins e para a angina, o suco mitiga odontalgias, oftalgias e otorrinalgias, e serve de antídoto em casos de envenenamento. As folhas mastigadas controlam aftas. Banhos com o chá da planta controlam irritações da pele. As raízes combatem cefaléias. Utiliza-se ainda para resfriados, utilizando-se as flores cozidas com açúcar, irritação interna,  hemorragia pós-parto, gastroenterite, icterícia, inflamações da boca e da garganta, úlceras gastroduodenais, distúrbios hepáticos, indigestão, hepatite, colesterol, dores osteoarticulares, faringite, amigdalite e engorgitamento das glândulas mamárias.
Na medicina caseira utiliza-se todas as partes desta planta.

Farmacologia:
Antiulcerosa. O extrato aquoso da planta inteira tem ação hipoglicemiante em ratos com hiperglicemia induzida por aloxano e hipotensiva. A planta apresenta ação hipoglicemiante comprovada por via oral.
A fenilheptatriina existente na planta, demonstra atividade anti-helmíntica, antiprotozoária e  microbiana in vitro frente às bactérias Gram-positivas, Rhizoctonia solani, leveduras e dermatófitos. Apresenta atividade in vitro contra Plasmodium berghei e Plasmodium falciparum, agentes da malária.

Maneiras de Usar:
Infusão:
 1 colher das de sopa da erva em ½ litro de água fervente. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia   (hepatite, icterícia, diabete e verminose).
 1 xícara das de cafezinho da planta picada em ½ litro de água. Tomar 1 xícara das de chá a   cada 4 horas.
Gargarejo: usar a infusão para amigdalite e faringite.
Compressas: utilizar o suco ou a infusão em feridas, úlceras, hemorróidas, assaduras e picadas de insetos.
Decocção: ferver 10 colheres das de chá de folhas em 1 litro de água. Depois de frio, fazer abluções ou compressas tópicas. Pode ser também utilizado em gargarejos (afecções bucais).
Suco: obtido de folhas frescas, contusas. Aplica-se topicamente na forma de compressas em feridas e úlceras.
Banho: utilizar a infusão 2 vezes ao dia (vulnerário e anti-séptico).

Conheça Melhor:
Na África é utilizada pelos nativos negros como salada.
Nas Filipinas é utilizada no preparo de uma bebida denominada "sinitsit".
É ótima forragem para coelhos.
A planta é hospedeira de vários nematóides, fungos, viroses, pulgões e coleópteros.

Cuidados e Perigos do Picão preto:
É atóxica para seres humanos porém é altamente tóxica para alguns insetos e larvas. Os poliacetilenos existentes na planta, especialmente o fenilheptatriino - o composto mais fotoativo, são fototóxicos para as bactérias, fungos e fibroblastos humanos em presença de luz solar, luzes artificiais ultravioletas e fluorescentes branca.


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