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domingo, 12 de junho de 2016

Salvia officinalis L. - Sálvia




A Salvia officinalis L. pertencente a família botânica Lamiaceae. é mais conhecida por seus diversos nomes populares como: Chá-da-europa, Chá-da-frança, Chá-da-grécia, Erva-santa, Grande-salva, Sábia, Salva, Salva-da-catalunha, Salva-das-boticas, Salva-das-farmácias, Salva-dos-jardins, Salva-mansa, Salva-menor, Salva-ordinária, Salveta ou simplesmente Sálvia.
Trata-se de uma espécie alóctone que cresce espontaneamente no sul da Europa, desde as margens do Mediterrâneo até 800m de altitude, em solos calcários, bem ensolarados e declivosos. No Brasil é muito cultivada em hortas e jardins caseiros.
Subarbusto lenhoso na base, multianual, aromático, de 0,3 a 0,6m de altura. Apresenta caule ramoso e tomentoso-pubescente, ereto, esbranquiçado, ramificado, quadrangular, formando uma moita lenhosa na base. Os ramos se renovam todo ano. Folhas oblongas, aromáticas, opostas, pecioladas (as inferiores), sésseis (as superiores), levemente crenadas e reticuladas, algo pubescentes,  verde-esbranquiçadas, esparsas, medindo 4 a 5cm de comprimento por 2cm de largura. Flores azul-violáceas, curtamente pediceladas,  dispostas em verticilos com 4 a 8 flores munidas de brácteas opostas, ovais, cordiformes, acuminadas, côncavas e caducas. Cálice pubescente, campanulado, estriado, bilabiado (3 dentes no lábio superior e 2 dentes no inferior). Possui odor e sabor quentes, picantes, um pouco amargos, canforáceos e aromáticos. A sálvia pode viver de 8 a 10 anos.
Prefere temperaturas amenas. É heliófita. É sensível a ventos frios. As regiões mais propícias para a produção são encontradas no sul do Brasil. A planta não se adapta à regiões quentes e muito pluviosas.
O solo indicado é o fértil, areno-argilosos, levemente alcalinos, permeáveis, bem drenado e rico em matéria orgânica. Solos ácidos favorecem à ocorrência de Fusarium sp., além de dificultar o enraizamento e desenvolvimento da planta.

Plantio:
Espaçamento : 0,7 x 0,3m.
Propagação: sementes, mergulhia, alporquia, divisão de touceiras, perfilhos e estacas da planta matriz. A semeadura é feita em bandejas de isopor contendo substrato organo-mineral. Um grama de sementes contém 300 a 1.200 sementes, que germinam em cerca de 15 dias. A alporquia é feita em ramos novos com cerca de 1 a 2cm de diâmetro. Faz-se um corte anelar em volta do ramo, removendo-se a casca, deixando o lenho exposto numa faixa de 0,5cm. Sobre o anelamento e uns 4 a 5cm acima dele, recobrir o ramo com esfagno ou musgo encharcado com água. Isolar a alporquia com um filme plástico e amarrar as extremidades com barbante. Se houver um período de estiagem prolongado, convém injetar água na bolsa de alporquia utilizando uma injeção com agulha. O enraizamento deve ocorre em 40 dias. O ramo é então cortado abaixo da bolsa de alporquia. Retira-se o substrato sob água corrente, para não danificar as raízes e procede-se um raleio de folhas do ramos, retirando-se 1/3, antes do ramo ser colocado em saquinhos plásticos perfurados contendo substrato organo-mineral. A mergulhia consiste em enterrar um dos ramos flexíveis e basais da planta matriz para que ao longo de 30 a 40 dias possa enraizar. A parte do ramo que ficará sob o solo, deve ser raspada ou anelada numa extensão de 1 a 2cm. O uso de fito-hormônios pode acelerar o enraizamento de estacas da planta.
Substrato: para se evitar prováveis infecções de fungos vasculares e bacterioses, o substrato para a produção de mudas deve ser bem aerado e solarizado.
Plantio: outono  (propagação por sementes) e primavera (propagação vegetativa).
Desenvolvimento: as folhas adquirem coloração verde-intenso nos períodos chuvosos e acizentada, em períodos secos.
Adubação: 2 a 3kg/planta de húmus de minhoca ou composto orgânico, adicionado de 100 a 200g de fosfato natural. Readubar cada colheita feita.
Doenças: a mais comum que ocorre é a fusariose (Fusarium sp), responsável pela murcha e secamento progressivo da planta. Nesta situação, deve-se suspender a irrigação e eliminar as plantas afetadas. A planta é muito sensível a nematóides.
Florescimento: verão até o outono.
Colheita: é iniciada a partir do quinto mês após o plantio. A partir do 2o ano é possível fazer 2 cortes/ano. Colhe-se um pouco antes da antese das flores.
Rendimento: 200g de folhas por touceira (182).


Da Sálvia utiliza-se na medicina popular seus ramos e folhas novas e sumidades recém floridas.





Propriedades Etnoterapêuticas
Estimulante, emenagoga, atenuadora da transpiração, cicatrizante (folhas e flores), antiespasmódica, hipoglicemiante, bacteriostática, adstringente, diurética, cardiotônica, anti-reumática, digestiva, antisséptica, eupéptica, diaforética, antiinflamatória, vulnerária, carminativa, béquica, antidiarréica, tônica, alvejante dental, aromatizante bucal, fungicida, bactericida, antioxidante, balsâmica, expectorante, excitante, estimulante do sistema nervoso,  nervina, resolutiva e colerética.

Indicações da Sálvia:
Usada também para o tratamento de astenia nervosa, gengivites, inflamações da garganta, asma, dores reumáticas, doenças de pele (externamente), aftas, estomatite, gripe, resfriado, faringite, amigdalite, traqueobronquite, úlcera, vômitos, cefalalgias, escrófulas, febre reumática, edema, engurgitamento, mau hálito, sudorese excessiva dos pés, catarro crônico, astenia, crises nervosas e neuróticas, convalescença, depressão, diabetes, enfisema, entorse, frigidez, impotência, leucorréia, tabagismo e picadas de insetos.

Atividade Biológica:
É ativa contra bactéria Gram-positivas e negativas. O óleo essencial da planta apresenta atividade contra Bacillus subtilus, Micrococcus luteus, Escherischia coli e Serratia  marcescens.

Usos da Sálvia:
Infusão:
    10g de folhas e flores em 1 litro de água. Tomar 4 a 5 xícaras ao dia.
    2 xícaras das de cafezinho de folhas secas  por litro de água.  Tomar 1 xícara das de chá seis vezes ao dia. Em caso de vômitos, tomar 1 xícara das de chá antes e após o almoço.
Tintura: amassar um punhado de folhas de sálvia e deixar em maceração em 2 xícaras das de café de álcool de cereais e 1 xícara de água, durante 5 dias, em local escuro. Filtrar. Tomar 1 colher das de chá 10 a 15 minutos antes das refeições (mau hálito, sangramento das gengivas e aftas)
Gargarejos e bochechos: utilizar infusão ou tintura, 4 vezes ao dia (mau hálito, aftas, estomatites).
Xarope expectorante: 7g de pó da planta em 100g de mel. Tomar 4 a 5 colherinhas ao dia.
Dentifrício: friccionar os dentes com as folhas frescas.
Decocção: 50g de folhas e flores em 1 litro de água. Indicada em loções para feridas e em banhos para escrófulas.
Vinho: macerar durante 8 dias 80g de folhas em 1 litro de vinho de Samos. Tomar 1 cálice pequeno após cada refeição.

Cuidados:
É atóxica nas doses usuais, porém as gestantes devem evitá-la. Doses elevadas podem aumentar a pressão arterial.

Conheça Melhor:
As cinzas ajudam a clarear os dentes.
Muito utilizada como tempero de carnes, peixes, pães, patês de queijo e molhos e para aromatizar vinagres.
Utilizada ainda como insetífuga doméstica.
O óleo essencial pode ser usado como ingrediente de cosméticos, desinfetantes e higienizadores bucais.
As flores são melíferas.






IMPORTANTE: Tenha bem presente que esta não é uma página de receitas medicinais, mas sim uma divulgação dos usos e costumes das populações acerca dos usos populares das plantas empregues tradicionalmente na medicina caseira. Assim, esta página não pretende ser uma página de medicina mas sim uma página em que se transmite o património cultural do povo. Deste modo, é de salientar que qualquer utilização desta página como orientação para o consumo das plantas nela apresentadas é da exclusiva responsabilidade do visitante.

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